NÓS


A exemplo dos marinheiros e caminhoneiros, a classe dos rafteiros também faz uso de alguns nós básicos.
Citaremos seis, de uso mais freqüente.

LAIS DE GUIA
Laçada de uso geral. Talvez o nó mais usado em marinharia. Sua principal vantagem é ser um nó fácil de desmanchar mesmo depois de muito apertado.

ESCOTA DOBRADO
Para unir dois cabos, inclusive de tipos diferentes. Mais rápido de fazer e mais fácil de soltar que o pescador, porém não tão seguro.


 VOLTA DO FIEL
Rápido e simples. Muito utilizado para amarrar o bote nos sarandis da margem.

NÓ DE PESCADOR
Utilizado para emendar dois cabos. É o nó escolhido quando se quer ter certeza de uma boa emenda. Difícil de desfazer. Não funciona bem quando os cabos a serem unidos são de diâmetros diferentes.

NÓ DE CAMINHONEIRO

Muito utilizado para amarrar os botes no reboque. Depois de bem dominado vicia: utiliza-se até para apertar varal de roupa.

PRUSIK
Nó blocante muito utilizado em alpinismo e emprestado ao rafting dentro do esquema para desencalhar um bote que abraçou uma pedra.



MECÂNICA DAS ÁGUAS


No rio encontramos diversos tipos de correntes que podem ser descendentes (no sentido do rio), contrárias e até indefinidas, tudo dependendo da formação do leito e das margens.

 FLUXO LAMINAR: É a corrente suave e sem obstáculos. A água se movimenta mais rápida no centro do que no fundo e nas margens.

FLUXO TURBULENTO: Acontece quando a corrente passa em desníveis maiores e por vários obstáculos.

FLUXO CAÓTICO: Quando existem grandes desníveis, muitas pedras e não tem definição certa do fluxo principal.

 REMANSOS: Aparecem normalmente atrás de obstáculos (pedra, ilhas), dentro do rio ou em regiões de transição de correntes perto das margens (mais rasas).  A água pode estar parada, agitada ou fluir em direção contrária ao rio.

LINHA DE REMANSO: Divide as regiões de corrente e de remanso.  Esta linha pode ser bem definida, com clara separação entre ambas as regiões.

ONDAS ESTACIONÁRIAS: Se formam sempre depois de uma pedra, próxima da superfície.  Quanto mais próxima da superfície a pedra se encontra, mais agitadas se tornam as ondas.  A formação acontece também quando o rio se afunila e a velocidade aumenta.

 REBOJO: Se formam quando correntes submersas chegam novamente na superfície.  Acontece também como um segundo estágio dos redemoinhos.  A água é puxada para baixo e sobe novamente em forma de uma bolha.

 REDEMOINHOS: Se formam na linha entre duas correntes em direção contrárias, como na linha de remanso.  A água entra em círculo, puxando o nadador para baixo.

LÍNGUAS: Acontecem num afunilamento do rio durante um desnível.  Geralmente forma uma passagem limpa e fácil.

 QUEDAS: Podem ser em forma de cascatas ou em forma de queda livre.

 REFLUXOS: Apresenta-se em grande quantidade geralmente em rios de grande desnível.  Nesta formação a água passa sobre uma pedra, ou um ponto de grande desnível e cai em um buraco, ou em um platô, provocando movimento de turbulência no sentido contrário a corrente. O refluxo, devido ao movimento rotatório da água, contém muito ar e não proporciona boa flutuação.





CLASSIFICAÇÃO DE CORREDEIRAS

CLASSIFICAÇÃO DE DIFICULDADES DAS CORREDEIRAS

            Conforme a regulamentação internacional, existem seis graus de dificuldades em um rio:

 GRAU I: Água corrente com pequenas ondas. Poucas ou nenhuma obstrução.

 GRAU II: Corredeiras fáceis com ondas de até 1 metro, altas e largas.  Passagens claras e óbvias mesmo sem reconhecimento por terra.  Algumas manobras básicas são necessárias.

 GRAU III: Corredeiras com ondas altas e irregulares.  Passagens estreitas que podem requerer manobras complexas.  Pode ser necessário reconhecimento pela margem.

GRAU IV: Corredeiras longas e difíceis com passagens estreitas que, em geral, requerem manobras precisas em águas muito turbulentas.  Um reconhecimento pela margem é geralmente necessário e as condições de resgate podem ser difíceis.

GRAU V: Corredeiras extremamente difíceis, longas e muito violentas.  Passagens obrigatórias.  Reconhecimento mais que necessário pela margem e montagem de esquema de segurança.

GRAU VI: Dificuldade do grau V levados ao extremo da navegabilidade.  Quase impossível e muito perigoso.  Apenas para pessoas altamente experientes após um estudo cuidadoso com todas as precauções necessárias.