MOSQUETÕES

Depois de uma queda um mosquetão deve ser descartado – Mito ou verdade ? 

O montanhismo possui muitos mitos que por não ocorrer um estudo mais profundo sobre o caso, acabam sendo aceitos como verdade.

Talvez um dos maiores mitos, que frequentemente é discutido sobre sua veracidade, seja sobre a necessidade de descarte do mosquetão de escalada após uma queda. Este tipo de prática é justificada por, em teoria, ter criado pequenas fissuras internas que comprometeriam a resistência do equipamento.
A realidade não é bem assim. Após vários experimentos notou-se que mesmo após quedas de vários metros, que não comprometeram a forma do equipamento, não houve fissura interna. Isso porque este tipo de raciocínio não vale para os mosquetões modernos. A explicação é que o “grão” do alumínio é disposto de forma paralela ao seu eixo principal, e não ficando perpendicular.

 
Em outras palavras, isso significa que fraturas da espessura de um fio de cabelo, tão indetectáveis, capazes de espontaneamente causar uma ruptura no mosquetão, não acontece. Importante lembrar que um mosquetão não é uma bolacha, que se rompe sem deformar-se, e a sua deformação é a indicação de que a sua capacidade de resistir a uma determinada força foi comprometida.
O engenheiro de qualidade da rede de lojas americanas REI Steve Nagode realizou um experimento que submeteu 30 mosquetões coletados aleatoriamente, de vários tipos de funcionamento, a um experimento. Nagode arremessou ao chão seis vezes quinze mosquetões, a uma distância de 10 metros a um piso de concreto, deixando os outros para serem comparados.


 
Após estas quedas verificou qual a resistência de cada um em uma prensa (a mesma utilizada para testes em vergalhões de aço). Cada mosquetão resistiu a uma carga de 50 kN. O engenheiro obteve os seguintes resultados : nenhuma das peças sofreram diferença nos valores de ruptura, mesmo quando comparado a amostras que não sofreram nenhuma queda.
No ano de 2014 o engenheiro Richard Delaney realizou um teste com 100 mosquetões, semelhante ao que Steve Nagode realizou, e chegou à uma conclusão muito parecida. A queda a qual foi submetida os mosquetões foi de 240 metros.
De todos os mosquetões submetidos a teste apenas um apresentou ruptura abaixo da carga exigida para o equipamento (abaixo de 14%). Delaney concluiu que deve-se verificar que tipo de testes o fabricante realiza e em como está a inspeção visual do mosquetão, desaconselhando também o uso de mosquetões tortos ou gatilhos em funcionamento fora do padrão.

A Black Diamond realizou teste semelhante, mas com mais precisão científica, e afirmou que :

“É mais importante inspecionar mosquetões que sofreram quedas por afundamentos ou deformidades. Se apenas são visíveis arranhões e o gatilho do mosquetão funciona sem problemas, este mosquetão está apto para o uso.”
Chris Harmston, gerente de controle de qualidade da Black Diamond, afirma que :

“Eu realizado teste com centenas de mosquetões usados, os quais sofreram quedas significativas, algumas com mais de 1.000 m de altura em queda livre (a partir do topo da parede Salathé no El Capitan). Nunca notei qualquer problema com estes mosquetões que sofreram quedas a menos, claro, que exista danos visuais óbvios para o mosquetão. Embora seja reconfortante, isso não dá carta branca para usar mosquetões que sofrem quedas significativas. É necessário aposentar imediatamente qualquer mosquetão que tenha se deformado, apresente ranhuras profundas ou o gatilho não está fechando perfeitamente.”


 
A título de comparação, um outro experimento sobre o comprometimento de equipamentos de escalada que sofreram quedas acentuadas, foi realizado pelo Reverso Petzl (que possui o mesmo material com os quais são feitos os mosquetões). O teste em questão foi bem mais rígido do que os aplicados pela concorrente Black Diamond. Tratava-se de usar uma pistola .357 Magnum (sim isso mesmo, um revolver) sendo disparada (e acertando) um freio reverso a uma distância segura. O teste, que parece absurdo à primeira vista, equivale a jogar o equipamento até uma rocha a uma velocidade de 67 m/s (240 km/h). Isso equivale ao equipamento cair de uma altura de aproximadamente 240 m.
O reverso deformou-se várias vezes, obviamente, pois foi submetido a cinco tiros diretos antes de quebrar. Isto parece, mas não podemos afirmar com 100% de certeza, indicar que uma queda única e de pequena altura, um mosquetão, ou qualquer outro equipamento de escalada, acarreta em pouco ou nenhum dano.

 

Posso concluir o que ?

 

Mesmo que grandes quedas não danifiquem um equipamento, é necessário ter bastante prudência quanto à sua manutenção. Toda e qualquer marca de equipamentos aconselha que além da inspeção visual, seja feita uma inspeção manual para procurar deformações no corpo de seu equipamento.
Desta maneira mesmo que uma grande queda não inutiliza seu mosquetão, evite que isso aconteça pois, como diria o compositor Jorge Benjor, prudência e canja de galinha não faz mal a ninguém.

A necessidade de procurar deformações tem uma explicação simples : mosquetão não é biscoito, que se rompe rapidamente sem deformar-se (ao menos visivelmente). Antes de romper há uma deformação visível a olho nu, bastando compará-lo com outros que não sofreram qualquer dano. Pelos vídeos abaixo é facilmente entendível a afirmação de que há uma deformação acentuada do material antes do rompimento (o que explica o aconselhamento da Black Diamond).
Via de regra se o seu mosquetão caiu, não importando a altura, e está com o gatilho em perfeito funcionamento, significa que está apto para continuar a ser utilizado como afirma a Black Diamond e Pit Schubert. Algumas outras empresas, especialistas em equipamentos de segurança em altura como a Petzl, aconselham descartar o mosquetão se existir qualquer sulco/arranhão com mais de 1 mm de profundidade além da questão do funcionamento do gatilho.

CURSO DE RAFTING

O curso de rafting é destinado aos que fazem rafting por lazer e querem se aprofundar nos conhecimentos e adquirirem mais técnicas.

Neste curso conta com uma apostila muito bem ilustrada para facilitar o aprendizado do aluno.
O curso é ministrado por Hanjo Maertsch, guia de rafting com mais de 8 anos de experiência no rafting comercial e com muita paciência e didática para ensinamentos.

O local das aulas teóricas é na base de apoio da Planet Rafting, um das melhores estruturas de rafting de Taboquinhas, em Itacaré, na Bahia. Com toda a Infraestrutura necessária: Vestiários, área para aulas e restaurante. As aulas práticas no Rio das Contas.

Fechamos grupos de até 4 pessoas, para melhor didática durante o curso.


Conteúdo do curso:


  • A história do rafting
  • Atitudes do condutor de rafting
  • Psicologia com clientes
  • Normas básicas de segurança
  • Comunicação visual e sonora
  • Trabalho com cabo de resgate
  • Resgate de nadadores
  • Travessia de rios rasos com clientes
  • Instruções
  • Prática de condução do bote em corredeiras
  • A construção do bote e seus acessórios
  • Manuseio e manutenção dos equipamentos
  • Hidrologia do rio
  • Comandos de remada e segurança
  • Natação em corredeiras
Duração: 32 horas (4 dias ou 2 finais de semana) aulas teóricas e práticas todos os dias.

Valor: R$ 300,00 


Treinamento de vira e desvira do bote.
 
Treinamento de arremesso do cabo de resgate.


Inclui:


  • Certificado
  • Todos os equipamentos (colete, capacete, remos e bote) cedido apenas para o curso
  • Apostila
  • Descidas práticas de 1 final de semana.

DESCIDA ESPECIAL - TROY

No dia 13 de janeiro recebí a visita do Troy Lafayette, americano radicado em São Paulo, condutor da Canoar e representante de vendas de produtos para a prática de rafting.
Descemos o Rio de Contas, no distrito de Taboquinhas, em Itacaré, Bahia. O Planet Rafting cedeu todo o operativo para o dia.
Estava presente a Fernanda Luz, produtora de cinema e Lucas, filho do guia de raftying Dida.

O Rio estava com ótimo nível d'água, permitindo um bom surf no salto da Pancada.
Subindo para o embarque no Rio de Contas.







EXPEDIÇÃO RIO DAS ALMAS

No dia 12 de janeiro 2017, foi feita uma descida de reconhecimento do Rio das Almas, em Nilo Peçanha, na Bahia. remamos por aproximadamente 11 km até o centro da cidade.

O rio estava com o nível muito baixo, onde tivemos que fazer algumas portagens durante o percurso. Realizamos 11 kms de rio em 4 horas de atividade.

Foto de satélite do Rio das Almas, em Nilo Peçanha, na Bahia.

Equipe Febre do Rato em ação.
Salto da Tereza, classe III do Rio das Almas

Salto do Oco, classe III do Rio das Almas.
Lobo do rio